A creatinina é o marcador endógeno mais utilizado para avaliação da função renal na prática clínica.
Ela é derivada da creatina muscular e apresenta ritmo de produção relativamente constante. Sua excreção urinária se deve principalmente a filtração glomerular, mas parte decorre de secreção tubular.
Como a concentração sérica de creatinina é proporcional a massa muscular, ela é influenciada pela idade, sexo e etnia, e pode ser alterada por fatores como desnutrição e amputação de membros.
Ela também sofre influência do uso de medicamentos, como trimetoprim e cimetidina, que reduzem sua secreção tubular, e da dieta. Valores de creatinina abaixo do esperado são encontrados em pacientes submetidos a dieta hipoproteica, comumente prescrita na Doença Renal Crônica (DRC).
A determinação isolada da concentração sérica de creatinina é considerada um marcador tardio de diminuição da função renal, já que ela se eleva somente após a redução de 50% da filtração glomerular.
Em idosos, a avaliação da função renal exige ainda mais cautela, pois seu declínio pode não ser refletido pelos níveis séricos de creatinina devido a redução da massa muscular.
Para pacientes em uso de N-acetilcisteína (NAC) ou Metamizol (Dipirona), a punção venosa deve ser realizada antes de sua administração devido à possibilidade de ocorrerem resultados falsamente reduzidos.

Orientações

Preparo

Medicamentos  a base de ácido ascórbico, cefoxitina, cefalotina, frutose, glicose, levodopa, metildopa, nitrofurantoína e piruvato podem interferir nos resultados. Caso haja recomendação médica suspender.